Ao menos 10 bancos interromperam modalidade depois de queda da taxa de juros; instituto defendeu medida do governo.
O Idec afirmou nesta 6ª feira que a decisão dos bancos de suspender as operações de linhas de crédito consignado para beneficiários do INSS “Absurda e arbitrária”.
Segundo apurou o Poder360, até esta 6ª, ao menos 10 instituições financeiras decidiram interromper a modalidade do crédito depois de o CNPS reduzir o teto de juros ao mês para o consignado em benefício previdenciário, de 2,14% para 1,7%. Para o Idec, a queda da taxa de juros “Necessária”.
Em nota, disse que o crédito no Brasil “Muito caro” e, por isso, operações com garantia, como o consignado,“não podem ser expostas a políticas de juros elevadas, reduzindo o poder de compra” dos beneficiários do INSS. O instituto disse ainda que interromper “Intempestivamente” o crédito consignado do INSS para quem ganha um salário mínimo uma medida “Abusiva e oportunista” que serviria para “Explorar outros interesses políticos, se utilizando da vulnerabilidade da população mais carente”.
“Isso não configura uma política de crédito responsável e não atende aos princípios de governança socioambiental. Os 20 anos de vigência do consignado contribuíram significativamente com o lucro dos bancos”, declarou.
O Idec também afirmou que o argumento apresentado por alguns bancos de que seria inviável manter o crédito consignado para beneficiários do INSS com a taxa Selic no patamar de 13,75% ao ano “Questionável”.
“Durante os 20 anos de vigência do crédito consignado do INSS, a modalidade de crédito foi mantida com a taxa de juros no patamar de 2,08% até quando a taxa Selic atingiu o maior patamar nesse período de 19,75% ao ano em 2005”, declarou.
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Originalmente Publicado: 17 de Março de 2023 às 19:34
Fonte: www.poder360.com.br