CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE. Francisco Nobre, economista da XP, também acredita que o Fomc deixou as portas abertas para as próximas decisões, embora também tenha manifestado clara intenção de pausa e manutenção da taxa básica de juros até o final do ano.

O documento também reforçou que o Fed não planeja cortar juros este ano e manteve sua retórica de dependência de dados, lembra o economista.

Nobre diz acreditar que o ciclo de flexibilização deve ser gradual ao longo de 2024, com o limite superior da taxa dos fundos federais fechando o ano em torno de 3,5%. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE. Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, também acredita que que a Ata de hoje reforça a visão de que as decisões da autoridade monetária sobre a taxa de juros serão feitas de reunião em reunião, a depender da evolução dos dados de inflação, da atividade econômica e do mercado de trabalho.

“Vários membros discutiram que, caso a economia norte-americana evolua de acordo as perspectivas atuais, seria possível encerrar o ciclo de alta de juros. Porém, o comitê discutiu que, apesar da desaceleração, a inflação segue bem acima da sua meta de longo prazo. E, como ainda há riscos altistas, muitos participantes sinalizariam a importância de deixar a opção de novas altas em aberto”, comenta Sung.

Em relação a inflação, Sung destaca que a Ata cita que inflação cheia está desacelerando, mas que o núcleo e alguns grupos precisam dar mais sinais de arrefecimento para que o Fed tenha condições de encerrar definitivamente o ciclo de alta de juros.

“Diante desse cenário, o Fed quer evitar qualquer tipo de movimento brusco para evitar algum ruído ou perda de credibilidade. De qualquer forma, esperamos o fim do ciclo em breve, mas possível que tenhamos uma nova alta até o fim do ano. E o juro deverá permanecer no pico por um bom tempo até que a inflação dê sinais de convergência para meta de longo prazo”, afirma.

“O mercado esperava que pudesse ter já uma queda de juros no último trimestre de 2023 e isso está agora praticamente descartado. Pelo que estou vendo, queda de juros mesmo só para 2024”, prevê.

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Originalmente Publicado: 24 de Maio de 2023 às 17:25

Fonte: www.infomoney.com.br