“Esse ano, a prova veio bem distribuída, tudo misturado , um aspecto que para mostrar para a sociedade que o conhecimento interdisciplinar e conectado, mas que tem um lado ruim, para o bom aluno às vezes isso atrapalha no controle de tempo. Veio uma prova mais difícil, com jeitão de pré-pandemia”, afirma Edmilson Mota, do curso Etapa.

“A prova de Biologia da Fuvest foi dentro do formato dos últimos anos: prova com temas diversificados, bem conteudistas e com dificuldade de média a difícil. Exercícios tradicionais com heredogramas, ecologia, fisiologia humana e cladogramas foram encontradas pelos candidatos. Além disso, a Fuvest abordou doenças e biotecnologia, assuntos que, usualmente, não aparecem com frequência na primeira fase. No geral, foi uma prova bem elaborada, sem muitas pegadinhas e que exigiu bastante conteúdo do candidato”.

“Há um texto que fala sobre racismo na arte e a falta de valor dado em obras feitas por mulheres negras. Outro texto aborda as mudanças na forma de se apreciar a arte num mundo mais urgente e tecnológico e, também, a discrepância do acesso às atividades desportivas entre jovens ricos e pobres. Os textos são de níveis de dificuldade média e os exercícios são de níveis fáceis e médios. Uma prova interessante”, afirma Alexandre Torres, professor de Inglês do Curso e Colégio Oficina do Estudante.

“Fuvest sendo Fuvest. Dividindo em áreas, a prova teve três grandes setores: mecânica, um terço da prova, questões acessíveis, tradicionais, interpretação de gráfico de movimento, de energia, bem ‘pé no chão’, bem ‘carinha’ de Fuvest mesmo. Um segundo grupo, vou unir ótica, termodinâmica e ondas: teve um predomínio grande na prova, em torno de quatro, cinco questões e posso considerar pé no chão, apesar de exigente”, afirma Roberto di Alessandri, professor de Física.

“A prova trouxe questões ambientais relacionadas preservação, problemas urbanos, emissão de CO2 e aquecimento global. Teve questões interdisciplinares, falando um pouco sobre industrialização, na época de JK, crise de 29 e ciclo do café no Brasil. Também ligada economia: trouxe questões relacionadas aos modais de transportes, pesca, questões envolvendo China e Taiwan, a evolução do PIB de diferentes países nas últimas décadas. Além de perguntas mais tradicionais abordando domínios naturais e correntes oceânicas”, afirma Luis Felipe Valle, professor de geografia.

“Uma prova bem equilibrada, que cobrou diferentes temas dentro da geografia física, geografia humana e Brasil em geral. Uma prova, portanto, bastante completa, bastante diferente e certamente quem estudou e se preparou, conseguiu ter sucesso nas questões de geografia”, completa.

“Teve pouco cálculo e prova bem elaborada conceitualmente. Sentimos falta de alguns temas que, frequentemente, aparecem nos vestibulares: reações orgânicas, equilíbrio químico, gases, soluções, separação de misturas e radioatividade. Um ponto importante: nas questões nas quais os alunos poderiam ter dúvidas na resposta correta, havia alternativas bastantes distantes da realidade, o que contribuiria com o acerto da questão”, afirma Marcos César Formis.

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Originalmente Publicado: 19 de Novembro de 2023 às 21:26

Fonte: g1.globo.com