Numa severa derrota para o premiê, a mais alta corte do país derrubou, pela primeira vez em sua História, uma de suas Leis Básicas, que em Israel fazem o papel da Constituição.

O parecer remove a lei aprovada em julho pela coalizão de extrema direita comandada por Netanyahu, que retirou do Supremo Tribunal o poder de bloquear as decisões que os juízes considerem irracionais.

No início do ano passado, o premiê empreendeu uma reforma para limitar o poder judiciário e enfrentou 30 semanas de protestos gigantescos e oposição ferrenha de magistrados, reservistas e agentes de inteligência, que defendiam a preservação dos preceitos da democracia israelense.

Netanyahu ganhou esse salvo-conduto até o primeiro dia de 2024, quando o Supremo Tribunal optou por remover a legislação aprovada em julho pelo Parlamento.

Se aceitar a decisão, Netanyahu corre o risco de ver colapsar a coalizão governista que o sustenta no meio de uma guerra contra o Hamas.

Embora as forças israelenses tenham anunciado a retirada de parte das tropas de Gaza, o chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, alertou que o conflito se prolongará ao longo deste ano.

Se o conflito terminar já, Netanyahu verá acelerar o ajuste de contas com o seu governo, assim como a atribuição de responsabilidades que levaram ao massacre de 7 de outubro.

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Originalmente Publicado: 2 de Janeiro de 2024 às 11:02

Fonte: g1.globo.com