A renúncia de Claudine Gay, a primeira pessoa negra a se tornar reitora da prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, está sendo celebrada como uma grande vitória pelos conservadores que se opuseram a ela por motivos ideológicos desde que ela assumiu a vaga, em julho de 2023.

Embora as alegações de plágio na tese de doutorado dela tenham sido um fator decisivo para que Gay deixasse o posto mais importante de Harvard, a saída dela mais do que apenas um escândalo de desonestidade acadêmica.

Para seus críticos de direita, Gay representa muito do que eles detestam no ensino superior americano moderno, que consideram dominado por uma ideologia de esquerda que coloca maior ênfase na diversidade étnica e de gênero do que no rigor acadêmico.

Ele escreveu que a “Podridão intelectual” no ensino superior americano “não vai parar de se espalhar até que as universidades retornem ideia de que seu propósito central identificar, nutrir e libertar as melhores mentes, e não arquitetar utopias sociais”.

As alegações de plágio que levaram renúncia de Gay foram trazidas tona por Christopher Rufo, um ativista de direita conhecido pela batalha cultural sobre o suposto ensino da teoria crítica da raça nas escolas dos Estados Unidos.

Os esforços de Rufo foram amplificados por meios de comunicação como o New York Post e o Washington Free Beacon, que na segunda-feira publicaram detalhes de uma nova denúncia anônima apresentada a Harvard incluindo evidências adicionais de suposto plágio no trabalho publicado por Gay.

Harvard poderá, em última análise, substituir Gay por alguém que tenha uma disposição acadêmica e política semelhante e que continue defendendo formas de diversificar o corpo discente de Harvard.

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Originalmente Publicado: 4 de Janeiro de 2024 às 08:39

Fonte: www.bbc.com