O caixão do cantor estava coberto com as bandeiras do Salgueiro e da Liesa, a Liga das Escolas de Samba do Rio.

“Ele foi um paizão na minha vida. Pagou meu colégio, alimentação, minhas vestes. Foi mais que um pai na minha vida. Foi o melhor amigo que eu tive na minha vida”, disse Wilkee Oliveira Marques, filho de Quinho, no velório.

“Ele me tinha como mãezona e eu chamava ele de meu filhão. A gente tinha uma amizade muito grande, toda vez que eu chegava aqui e ele me via, já me chamava ‘mãezona vem cá. Tira uma foto comigo’. E era assim que a gente vivia. Só Deus calou ele e muito difícil agora não ter o Quinho no Salgueiro. Difícil porque ele a voz do Salgueiro. Muitos anos e isso me faz ficar da maneira que eu estou, inconsolável. uma perda irreparável, mas a gente tem que superar isso e aceitar. Infelizmente”, disse Ieda Maranhão, da velha guarda do Salgueiro.

O Quinho chegou no Salgueiro na década de 90 e ele contribuiu muito para que a torcida do Salgueiro fosse hoje uma das maiores torcida do carnaval.

Em 1993, Quinho comandou o coro de 60 mil vozes da plateia da Sapucaí com o samba-enredo “Peguei um ita no Norte”, do Salgueiro, conhecido pelo verso “Explode coração, na maior felicidade”.

Quinho começou no bloco Boi da Freguesia, sendo chamado para compor o carro de som de Aroldo Melodia na União da Ilha do Governador, em 1988.

Ao longo de sua carreira, passou por outras escolas do Rio como São Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Império da Tijuca e Acadêmicos de Santa Cruz, e de São Paulo, como Rosas de Ouro, e de Porto Alegre, como a Vila do IAPI. Mas foi com o Salgueiro que teve sua ligação mais forte.

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Originalmente Publicado: 4 de Janeiro de 2024 às 15:59

Fonte: g1.globo.com