A mensagem, transmitida em um canal dos terroristas no Telegram, faz coro com a versão defendida pelos Estados Unidos, que na quarta-feira negou autoria do ataque e disse que o atentado tinha características semelhantes a ações do Estado Islâmico.

Ao longo do dia, representantes do governo iraniano levantaram a possibilidade de que os EUA e Israel estivessem por trás das explosões, que aconteceram um dia depois de um ataque com drones matar um dos chefes do Hamas em Beirute, no Líbano.

No comunicado, o Estado Islâmico não divulgou as motivações para o atentado nem outras provas de autoria, mas o grupo era rival de Soleimani e se opõe também ao atual regime do Irã. O Estado Islâmico formado por radicais sunitas, opositores de muçulmanos xiitas, como os que governam o Irã. Os grupos financiados atualmente por Teerã, como o Hamas e o Hizbollah, também são xiitas.

O ataque, na quarta-feira, se deu por meio de duas explosões contra a multidão a poucos metros do túmulo de Soleimani, que fica no cemitério de Kerman, a cerca de 800 quilômetros da capital Teerã.

Já a segunda explosão ocorreu minutos depois, em um ponto mais afastado e perto das primeiras equipes de emergência que já haviam chegado, ainda de acordo com as autoridades locais.

“Os inimigos malignos e criminosos da nação iraniana criaram mais uma vez uma tragédia e martirizaram um grande número do nosso querido povo em Kerman, na atmosfera perfumada dos túmulos dos mártires em Kerman”, declarou, em comunicado.

Não foi o primeiro ataque reivindicado pelo Estado Islâmico no Irã. Em 2022, o grupo terrorista assumiu um atentado que matou 15 pessoas num santuário xiita.

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Originalmente Publicado: 4 de Janeiro de 2024 às 14:03

Fonte: g1.globo.com