Por três meses, os israelenses pressionaram com uma invasão militar em escala total a Gaza, arruinando grande parte de Faixa e matando mais de 22 mil pessoas em sua busca pelos militantes que planejaram e perpetraram o ataque de 7 de outubro contra Israel.
Agora, conforme o conflito entra em seu quarto mês, Israel aparentemente concretizou essa ameaça, arriscando uma guerra mais ampla ao longo de sua fronteira com o Líbano medida que começa a diminuir o contingente de soldados em Gaza pela primeira vez.
Comandantes militares afirmaram que a retirada parcial foi possível neste momento, em que os ataques enfraqueceram o Hamas no norte, e permitirá que milhares de reservistas retornem para suas casas e voltem a trabalhar.
Israel recusou-se a confirmar ou negar qualquer papel no assassinato de Saleh Arouri, autoridade do Hamas no exílio que atuava como contato com os iranianos e o Hezbollah.
Ainda que Israel afirme que matou vários comandantes e autoridades do Hamas dentro de Gaza, Yehiya Sinwar, que, acredita-se, arquitetou o ataque de 7 de outubro, e outros líderes graduados ainda estão foragidos.
Falando sob condição de anonimato por não estarem autorizadas a discutir o assunto publicamente, autoridades israelenses disseram esperar que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, mostrasse comedimento, já que nenhum de seus oficiais foi morto no ataque.
No sábado, multidões se reuniram em Tel-Aviv e Jerusalém pedindo novas eleições em meio a uma raiva que tem se acumulado contra Netanyahu, que culpado amplamente por não ter sido capaz de evitar o ataque do Hamas e tem visto seu apoio despencar em pesquisas de opinião.
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Originalmente Publicado: 4 de Janeiro de 2024 às 21:00
Fonte: www.estadao.com.br