Há três anos, a democracia dos Estados Unidos sofreu seu maior teste: a invasão do Capitólio, sede do Congresso, por apoiadores de Donald Trump que tentavam impedir, pela violência, a confirmação da vitória de Joe Biden.

De um lado, democratas usam as imagens para invocar o medo de um novo governo Trump; de outro, a campanha do ex-presidente adota a estratégia revisionista de retratá-los como patriotas -ou, em uma terceira frente, como fantoches do FBI. Um quarto da população acredita na teoria da conspiração de que a invasão foi organizada e encorajada pela polícia federal americana, segundo uma pesquisa de opinião realizada pelo Washington Post e a Universidade de Maryland entre 14 e 18 de dezembro passado.

O percentual sobe para 30% do total de eleitores independentes, 34% dos republicanos e 44% dos que dizem que vão votar em Trump.

Nesta sexta-feira, enquanto Biden fazia um discurso em que relembrava o 6 de Janeiro como a prova da ameaça que o ex-presidente representa democracia, o republicano compartilhava em seu perfil na rede social Truth artigos que acusam, sem provas, o FBI de interferência na eleição de 2020 em favor do democrata.

“Ao tentar reescrever os acontecimentos de 6 de Janeiro, Trump está tentando roubar a história da mesma forma que tentou roubar a eleição”, afirmou Biden nesta sexta, em seu primeiro discurso público de campanha em 2024.

Foi nessa região em que George Washington e suas tropas enfrentaram um dos momentos mais difíceis da guerra de independência americana, no inverno de 1778-79, para emergirem dali mais fortes do que nunca, como narra a mitologia nacional.

Depois de meses tentando emplacar, sem sucesso, as conquistas de seu mandato -como o desemprego baixíssimo, embaladas no rótulo “Bidenomics”-, a campanha começa o ano eleitoral voltando receita básica que lhe deu a vitória em 2020: Trump precisa ser derrotado a qualquer custo.

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Originalmente Publicado: 6 de Janeiro de 2024 às 00:15

Fonte: www1.folha.uol.com.br