Presa no Palácio do Planalto, onde entrou para se proteger das bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, ela passou sete meses na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, e segue em liberdade provisória com medidas cautelares que a impedem de ir igreja, mancham sua reputação e mantêm bloqueados todos os seus recursos financeiros.

Ela também escreveu um diário em rolos de papel higiênico na prisão para registrar o que enfrentou, já que 164 mulheres presas no 8 janeiro tinham apenas um vaso sanitário disponível e uma pia para uso, além de sofrerem humilhação constante, a ponto de colegas fazerem xixi nas calças devido ao medo.

Sem receber voz de prisão, ela ficou sete meses encarcerada, enquanto sofria com problemas graves de saúde, já que tem histórico de câncer no útero, vesícula e estômago, e precisa de uma dieta restritiva para evitar complicações.

Estudante de medicina da USP tem imagens que mostram sua inocência, mas STF não considerou Depois que imagens dos atos de 8 de janeiro registradas por câmeras de segurança dos prédios públicos foram disponibilizadas, o engenheiro de telecomunicações Thiago Duarte analisou o material para provar que a esposa, a estudante de Medicina da USP Roberta Jérsyka, 35, não cometeu crime.

Corretor de seguros relata humilhações que sofreu: “Nos trataram como animais” Detido no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília na manhã de 9 de janeiro, o corretor de seguros Roney Duarte Botelho, de 50 anos, nem foi Praça dos Três Poderes, mas ficou 67 dias preso e relata situações degradantes que vivenciou.

Agricultor preso no 81 percorre 300 km de estrada de chão toda semana para ir ao fórum Com tornozeleira eletrônica desde o dia 8 de agosto - após sete meses de prisão por se manifestar em Brasília carregando uma bandeira e um cantil de água -, o agricultor Sipriano Alves de Oliveira precisa percorrer 300 quilômetros de estrada de chão toda segunda-feira, de moto, para apresentar-se no fórum mais próximo de sua residência, no interior do Pará.

Cleriston Pereira Cunha morreu dentro do presídio, deixando esposa e duas filhas A defesa de Cleriston Pereira da Cunha afirmava que deixá-lo na prisão seria sentença de morte, e a Procuradoria-Geral da República já tinha emitido parecer recomendando liberdade provisória devido aos problemas de saúde que o comerciante enfrentava.

Este artigo foi resumido em 84%

Originalmente Publicado: 5 de Janeiro de 2024 às 22:20

Fonte: www.gazetadopovo.com.br