Sete vereadores da Câmara Municipal de São Paulo que assinaram o requerimento para abrir uma investigação sobre as ONGs que atuam no centro da capital retiraram seu apoio após o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, ter sido apontado como principal alvo.

No dia anterior, já tinham feito o mesmo Sidney Cruz, Nunes Peixeiro, Thammy Miranda, Xexéu Tripoli e Sandra Tadeu, que declararam posição contrária abertura da CPI. O líder do governo, Fábio Riva, e o vice-presidente da Câmara, João Jorge, afirmaram que avaliam retirar o apoio CPI. Em comum, os vereadores desistentes alegaram terem sido enganados pelo autor da CPI, o vereador Rubinho Nunes.

“Não consta em nenhum documento que essa CPI seria para atingir o padre Júlio”, escreveu Milton Ferreira na mesma rede social.

A tentativa de instauração da CPI ocorre mais de um ano após a dispersão da cracolândia pelo centro da cidade, o que mobilizou grupos de moradores e comerciantes ao longo de 2023 para exigir providências da prefeitura e do governo estadual.

O padre relatou que recebeu muitas manifestações de apoio após a notícia de que seria convocado para depor em uma CPI. “Isso uma perseguição”, disse.

Mamãe Falei foi condenado pela Justiça Eleitoral a apagar vídeos em seu canal no YouTube em que atacava o padre Júlio durante as eleições municipais de 2020, quando Val era candidato Prefeitura de São Paulo.

Um dos reveses mais contundentes partiu da Arquidiocese de São Paulo que se disse perplexa com a abertura de uma CPI em que o padre Júlio aparece como alvo.

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Originalmente Publicado: 5 de Janeiro de 2024 às 14:58

Fonte: www1.folha.uol.com.br