Assim, com os olhos cheios de lágrimas e a voz embargada, a porta-voz da Polícia Militar, major Layla Brunnela, informou que, inicialmente, irreversível o quadro gravíssimo de saúde em que se encontrao sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos.

“Ele deu entrada com dois projéteis que estão alojados em uma região complexa do cérebro. Inicialmente não há possibilidade de retirada desses projéteis. O terceiro disparo atingiu uma artéria na perna. Infelizmente a situação dele considerada gravíssima e já foram iniciados os protocolos para constatação da morte cerebral. Inicialmente irreversível, mas os protocolos precisam ser adotados, exames precisam ser feitos, repetidos de horas em horas. Nós só declararemos a morte desse policial militar, se acontecer, quando o próprio hospital o fizer”, destacou a porta-voz.

“Nós já estamos com duas psicólogas nossas, uma com a esposa e a filha, que estão na casa de um amigo, e outra com com a guarnição. Os nossos policiais militares, quando a gente trabalha com uma guarnição, trabalhamos confiando a nossa vida na mão de outra pessoa. uma irmandade muito próxima, um carinho muito grande que eles têm um pelo outro. Então os militares estão muito abalados, e também estão sendo acompanhados por psicólogos da instituição”, completou a policial.

“Quando eu tenho um policial militar atingido, eu gosto muito de ressaltar que não só um policial, não só uma pessoa, mas todos os senhores são atingidos. Esse policial militar um trabalhador, um pai de família. pai, inclusive, de uma menininha de cinco meses de idade. Ele está com 29 anos”, disse a major Layla.

“O ingresso dele foi no dia 6 de janeiro de 2014, eu estava lá no dia que ele ingressou. Então, nós realmente hoje não temos nada a falar a não ser nos revoltar com o fato de que o autor que disparou contra o nosso policial militar possui 18 registros pela Polícia Militar, oriundo do sistema prisional e estava de saidinha de Natal, deveria ter retornado no dia 23 de dezembro”, revoltou-se.

No início da tarde deste sábado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, prestou solidariedade ao sargento e garantiu que a equipe médica do hospital, que administrado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, está empenhada na recuperação do agente.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do suspeito e da ordem de parada, mas surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira queima-roupa contra o policial.

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Originalmente Publicado: 6 de Janeiro de 2024 às 18:56

Fonte: www.otempo.com.br