O filme, com direção de Julia Duailibi e Rafael Norton, mostra como foi a retomada do controle pelo governo, além de imagens e depoimentos exclusivos sobre negociações tensas que aconteceram nos bastidores.

“Digo pro comandante: ‘Vamos cumprir o que a lei manda’. E aí ele diz: ‘Não, não vão’. A imensa maioria das Forças Armadas no dia 8 de janeiro foi legalista. Chegamos depois de um longo diálogo a um ponto de mediação. E nós fizemos o acordo de prender às seis horas da manhã”, disse Flávio Dino.

“Passei a argumentar com o general Arruda sobre a necessidade de imediatamente desmontar o acampamento e prender todos que estavam ali. E eu fiz a afirmação e falei pra ele: ‘O senhor concorda, general?’. Aí ele falou: ‘Não’“, afirmou, em entrevista exclusiva ao documentário.

No dia 8 de janeiro Araraquara, no interior de São Paulo, estava em situação de emergência devido às chuvas, que deixaram seis mortos.

“Desci porque você tinha uma série de ministros, autoridades lá em cima, imagina se eles decidem invadir o Palácio da Justiça. Eu me apresentei, dei uma voz de comando neles e coloquei eles em linha aqui. Determinei que daqui, aqui assim, aí botei eles em linha aqui e determinei que daqui pra lá ninguém mais passasse”, disse Capelli.

Alexandre de Moraes, ministro do STF, também falou ao Fantástico sobre o que foi relatado pelos réus presos no dia 8 de janeiro de 2023.

“Vários réus disseram que tiveram palestras no quartel, não só aqui, mas nos quartéis que vieram de outros estados, pra que invadissem os prédios públicos: Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, invadissem e ficassem até que fosse decretado uma GLO, pra convencerem os militares quando se chegassem pra tirar, aderirem ao golpe”, explica.

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Originalmente Publicado: 8 de Janeiro de 2024 às 00:04

Fonte: g1.globo.com