Pelo terceiro ano seguido, o saldo das cadernetas de poupança caiu, com o registro de mais saques do que depósitos em 2023, em um cenário de juros e endividamento ainda altos no país.

Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 73,08 bilhões em 2023.

De acordo com o BC, o endividamento das famílias - relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses - em operações de crédito chegou a 47,6% em outubro do ano passado.

Os saques na poupança se dão também porque a manutenção da taxa básica de juros, a Selic em alta, estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho.

O resultado negativo de 2023, entretanto, foi menor do que o verificado em 2022, quando a poupança teve fuga líquida - mais saques que depósitos - de R$ 103,24 bilhões.

Já em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida - mais depósitos que saques- recorde de R$ 166,31 bilhões.

Contribuíram para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia da covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

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Originalmente Publicado: 8 de Janeiro de 2024 às 12:51

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br