O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu que a Corte investigue eventual desvio de finalidade na viagem realizada pelo ministro Márcio Macedo, chefe da Secretaria-Geral da Presidência, a Aracaju no final do ano passado para participação em uma festa privada.

Além do petista, outros três servidores da pasta foram capital de Sergipe, reduto eleitoral do ministro, ao Pré-Caju, uma espécie de carnaval fora de época que acontece em novembro, com passagens custeadas com dinheiro público.

No Portal da Transparência, contudo, a justificativa oficial de que Macêdo e seus auxiliares estiveram em uma agenda no Instituto Renascer Para Vida - mas não há, por exemplo, registros desse compromisso nas redes sociais do ministro.

“A compra de passagens pelo Ministro Marcio Macedo para ‘curtir’, com seus apaniguados, as folias de carnaval fora de época no seu reduto eleitoral, atenta contra a moralidade administrativa e constitui evidente desvio de finalidade no uso de recursos públicos”, concluiu o procurador.

Cabia ex-presidente da Caixa autorizar os gastos, mas ela divergiu - o bate-cabeça interno foi resolvido com uma canetada de Macêdo que se encarregou de liberar, ele próprio, o uso dos recursos.

Procurado pela reportagem, a Secretaria-Geral da Presidência negou ter havido “Tratativa sobre quaisquer passagens nem diárias de viagem entre a ex-secretária e o ministro” e afirmou que a exoneração de Maria Fernanda se deu por questões pessoais.

“Houve um erro formal do meu gabinete, um erro de procedimento. Que isso nunca mais se repetirá. Um erro onde três assessores foram para Aracaju e utilizaram as passagens, os recursos públicos”, disse o ministro.

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Originalmente Publicado: 10 de Janeiro de 2024 às 19:03

Fonte: www.cartacapital.com.br