Um Equador imerso em um “Estado de guerra” enfrenta nesta quarta-feira, pelo terceiro dia consecutivo, o poder do narcotráfico sob um clima de pânico e cansaço.

Desde domingo, várias quadrilhas criminosas e traficantes de drogas têm demonstrado sua força em retaliação aos planos do presidente Daniel Noboa de subjugá-los com mão de ferro: mais de uma centena de policiais e funcionários penitenciários mantidos reféns por detentos, agressões a jornalistas e inúmeros ataques armados que resultaram em 14 mortes, de acordo com o balanço mais recente.

“Estamos em um estado de guerra e não podemos ceder a esses grupos terroristas”, afirmou Noboa rádio Canela nesta quarta-feira, depois de declarar na terça o país em “Conflito armado interno”.

Dezenas de militares protegem a sede presidencial no centro de Quito, enquanto no norte, o Parque La Carolina, um dos maiores da cidade de quase três milhões de habitantes, está vazio sem seus habituais praticantes de esportes.

Diante da nova onda de violência, o presidente Noboa anunciou uma guerra frontal contra cerca de vinte organizações, que juntas somam mais de 20 mil membros, e atribuiu status de “Beligerante” às quadrilhas.

Centenas de soldados e polícias procuram Fito, enquanto vigora um estado de exceção em todo o país, inclusive nos presídios, além de um toque de recolher obrigatório de seis horas, a partir das 23h locais.

Nos últimos tempos, porém, foi transformado em um novo baluarte do tráfico de drogas, com cerca de 20 quadrilhas disputando o controle do território, mas unidas em sua guerra contra o Estado.

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Originalmente Publicado: 11 de Janeiro de 2024 às 07:13

Fonte: www.cartacapital.com.br