BRASÍLIA - A Embaixada de Israel em Brasília rebateu a decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva de apoiar a acusação de “Genocídio” apresentada contra o país na Corte Internacional de Justiça, um tribunal das Nações Unidas.

A embaixada israelense disse, em nota enviada ao Estadão, que o presidente Lula deveria levar em consideração as definições de genocídio e a “Intenção” ou não de matar deliberadamente civis que não estavam envolvidos na guerra contra o grupo terrorista Hamas.

Tel-Aviv argumenta que respeita o direito internacional e que o Palácio do Planalto deveria considerar também que o Hamas ameaça realizar novos ataques em massa, como o de 7 de outubro, além de pregar o extermínio de judeus.

“Segundo a definição da ONU para o termo genocídio, definições que o Brasil aprecia e trabalha luz, o principal a intenção. Israel não tem intenção de matar palestinos não envolvidos e evita isso tanto quanto possível, apesar das dificuldades apresentadas pelo Hamas na sua forma de operar, usando cidadãos não envolvidos como escudos humanos”, afirmou a embaixada israelense.

“O Hamas, no entanto, declarou abertamente as suas intenções genocidas. A sua carta de fundação apela ao assassinato de judeus e os seus líderes declaram abertamente que o seu objetivo perpetrar as atrocidades de 7 de Outubro ‘repetidamente’. Ao tomar uma decisão sobre o pedido feito ao presidente Lula, de excepcional importância que o Brasil leve esses fatos em consideração.”

Ao receber o primeiro grupo de 32 brasileiros repatriados de Gaza, Lula foi além e afirmou que o governo israelense também respondia ao Hamas com atos de “Terrorismo”.

A Confederação Israelita do Brasil condenou o apoio brasileiro ao que chamou de ação “cínica e perversa, que visa impedir Israel de se defender dos seus inimigos genocidas”.

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Originalmente Publicado: 11 de Janeiro de 2024 às 17:18

Fonte: www.estadao.com.br