Ex-deputado diz que novo ministro apoiou Lula no STF e questiona acusação de suspeição contra senador.

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol afirmou nesta 6ª feira que a nomeação do ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça “Ainda pior” do que o caso do senador Sergio Moro, que assumiu a pasta na Esplanada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em publicação nas redes sociais, Deltan questiona uma análise feita por jornalistas da GloboNews, que defenderam a suspeição de Moro em casos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de ingressar no governo Bolsonaro.

O ex-congressista afirmou que o então juiz sentenciou o petista meses antes das eleições presidenciais de 2018, quando Bolsonaro “Sequer era um candidato viável ou cogitado com seriedade”.

Argumenta que Moro era juiz concursado, com 22 anos de atuação, antes de estabelecer relações políticas com o ex-presidente.

Relembra que Lewandowski foi uma indicação política direta de Lula ao STF em 2006; diz que o STF usou a nomeação de Moro frente do Ministério da Justiça como o principal motivo para suspender decisões relacionadas ao presidente Lula; afirma que os jornalistas da GloboNews não mencionam em sua análise que o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi o responsável pela decisão proibindo a posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, e não Moro; declara que Moro deu a 1ª sentença que condenou Lula em março de 2017, 15 meses antes do início do processo eleitoral de 2018.

“Negar isso apenas expõe a hipocrisia de quem atacou e criticou a Lava Jato por anos não por seus erros, mas por seus acertos, e hoje trata com normalidade, sem senso crítico e constrangimentos situações que, em qualquer outro governo que não o de Lula, seriam vistas como absurdas e escandalosas”, diz Deltan.

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Originalmente Publicado: 12 de Janeiro de 2024 às 14:32

Fonte: www.poder360.com.br