O fundador foi o primatologista Clarence Carpenter, pioneiro no estudo do comportamento animal que trabalhou para a Escola de Medicina Tropical de San Juan e viajou para a Índia para adquirir o primeiro grupo de macacos.

“Funcionários da escola e do governo realizaram uma reunião na prefeitura para dissipar esses rumores e informar a todos que o objetivo da colônia era produzir macacos saudávei”, diz uma publicação da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA. Ao longo dos anos, mais de 14 mil macacos viveram na colônia.

No entanto, o CPRC defende - também em um documento escrito - que as suas operações são regidas pelas leis e regulamentos dos EUA. “Nossa estação prioriza padrões éticos para apoiar os avanços necessários na ciência médica”, afirma o comunicado.

Com milhares de publicações acadêmicas originadas em Cayo Santiago, Ruiz Lambides insiste que a colônia de macacos não só tem relevância para a comunidade científica, mas também para a “Humanidade”.

Lauren Brent, professora de comportamento animal da Universidade de Exeter, no Reino Unido, explica porque acredita que a ilha um recurso vital” para estudar temas como o impacto da vida social nos animais, primatas e a evolução do seu comportamento.

No centro do campo onde estamos há um enorme comedouro de metal cheio do que chamam de monkey chow, ou comida de macaco, preparada especificamente para os primatas, e que os tratadores servem todos os dias.

“O comportamento deles e o nosso comportamento são bastante semelhantes. Talvez algo que você pensa que faz por escolha seja na verdade um instinto, não necessariamente porque decidimos fazê-lo”, conclui, enquanto se ouvem os macacos ao fundo.

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Originalmente Publicado: 14 de Janeiro de 2024 às 16:45

Fonte: www.bbc.com