Entre aliados palacianos, a ausência do presidente da Câmara, Arthur Lira, na cerimônia que marcou um ano dos ataques do 8 de janeiro foi recebida como um recado de que as coisas não vão bem e uma espécie de boicote ao ato que ganhou ares de palanque do presidente Lula.
Já do lado de Lira, o que se diz que o boicote, na verdade, partiu do Palácio do Planalto.
Além disso, causou espécie o fato de o vídeo divulgado durante a cerimônia também não trazer qualquer referência a Lira - o material registra os pronunciamentos de Lula, Pacheco e da então presidente do STF, Rosa Weber.
Conforme mostra reportagem de VEJA desta semana, o presidente Lula pegou carona no 8 de janeiro para atacar seus inimigos - em especial o ex-presidente Jair Bolsonaro - e fazer elogios a seu governo.
Na véspera do ato, e em mais um sinal de que seria um evento de governo, e não de Estado, Janja também escolheu a governadora Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, para abrir os discursos.
Lira era aliado do ex-presidente e, na Câmara, tenta manter os laços com partidos independentes e de oposição ao governo, que somam maioria na Casa.
Ele iria discursar no evento, ao lado de figuras que não representam chefes de poderes, como o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.
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Originalmente Publicado: 14 de Janeiro de 2024 às 09:41
Fonte: terrabrasilnoticias.com