Edemar Cid Ferreira, fundador e antigo controlador do falido Banco Santos e que ficou famoso como colecionador de obras de arte e pela mansão extravagante que construiu no Morumbi, bairro da zona oeste de São Paulo, morreu neste sábado, aos 80 anos, na capital paulista.
Em 12 de novembro de 2004, o BC interveio na instituição depois de constatar que não cumpria normas básicas, como o recolhimento compulsório -parcela dos depósitos dos clientes que as instituições financeiras são obrigadas a recolher no BC. época, o Santos era o 21º maior banco do país.
Desde então, Cid Ferreira tentava reverter a decisão da Justiça argumentando que o negócio faliu em razão de pessoas que não honraram o pagamento de empréstimos feitos no banco.
Em outubro do ano passado, a coluna da Mônica Bergamo mostrou que a disputa entre Cid Ferreira, os devedores do Banco Santos e o administrador judicial da massa falida ganhou um novo capítulo.
Procurados, os advogados do Grupo Veríssimo, segundo maior credor do Banco Santos, afirmaram, em nota, que o valor de R$ 2,1 bilhões já foi afastado pelo Judiciário e que o saldo atual da dívida de R$ 120 milhões.
Mais recentemente, em dezembro, a coluna Painel S.A. noticiou que a Justiça de São Paulo autorizou o pagamento de uma dívida de R$ 120 milhões pelo Grupo Veríssimo ao Banco Santos, pondo fim a uma disputa de anos e que vinha travando o acerto de contas com os demais credores.
Edemar passou o restante de sua vida tentando provar que o banco tinha mais crédito a recuperar do que dívidas a serem pagas, o que jamais se comprovou.
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Originalmente Publicado: 13 de Janeiro de 2024 às 22:01
Fonte: www1.folha.uol.com.br