“Eu sou daqueles que tem horror àquela conversinha de ‘chuva recorde, pegou de surpresa’. Não tem surpresa nisso, acho que todos nós sabemos que tradicionalmente no verão do Rio de Janeiro chove. E chove muito, tem mudanças climáticas, mas aqui sempre choveu”, disse Paes em entrevista ao Bom Dia Rio.

O prefeito falou que os transtornos na cidade foram causados principalmente pelo Rio Acari, que transbordou, causando alagamentos e grandes perdas materiais.

“Tem situações que o poder público pode administrar. Então, por exemplo, essa bacia do Rio Acari, que foi nosso grande problema. Se pegar ali na Fazenda Botafogo, a gente fez uma grande dragagem ao longo desse ano todo. Você tem muita ocupação às margens do rio no Jardim América, tem um entroncamento com Via Dutra, que um problema”, disse.

Paes disse ainda que são esperados novos temporais até o final de abril e recomendou que as pessoas evitem sair de casa durante o mau tempo.

“Não tiro os meus olhos da cidade de final de novembro até final de abril. a hora que vai chover. Tem que estar atento.”

Já o meteorologista e coordenador de operações e modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Marcelo Seluchi, disse que provavelmente nenhuma cidade do mundo conseguiria suportar a quantidade de chuva que atingiu o RJ. “Derivou numa chuva que podemos caracterizar como histórica. Choveu mais de 200 mm em 6 horas, quase 240 em 24 horas, são chuvas muito muito intensas. Sobre a questão das cidades, as cidades não estão preparadas para volumes desse tipo. Provavelmente nenhuma cidade do mundo conseguiria suportar uma chuva de mais de 200 milímetros em 6 horas”.

Áreas mais atingidas pela chuva no Rio neste domingo - Foto: Editoria de Arte/g1.

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Originalmente Publicado: 15 de Janeiro de 2024 às 09:04

Fonte: g1.globo.com