Prevista para durar até 2026, a legislatura de maioria absoluta do Partido Socialista foi encerrada antes do previsto, após a renúncia do premiê António Costa em meio a investigações de corrupção que atingiram o núcleo do governo.

Apesar das circunstâncias que levaram ao fim precoce de sua administração, o Partido Socialista aparece na liderança das pesquisas de intenção de voto para o próximo pleito.

Em levantamento do instituto Aximage, o PSD ficou quase 9 pontos percentuais atrás dos socialistas, que marcam 34,1%. Na terceira colocação aparece o partido de ultradireita Chega, com 16,3%. Com um forte discurso antissistema, a legenda tem, segundo as pesquisas, as maiores chances de ampliação do desempenho em relação às eleições de 2022.

Foi o que aconteceu em 2015, quando os socialistas ficaram em segundo lugar nas eleições, mas chegaram ao governo por meio de uma até então inédita aliança entre partidos de esquerda, apelidada de geringonça.

Na última semana, já depois da publicação da pesquisa de intenção de voto, os sociais-democratas anunciaram uma coligação pré-eleitoral com o Centro Democrático Social - Partido Popular, de centro-direita, e com o conservador Partido Popular Monárquico, que juntos não têm 2% das intenções de voto.

Já o secretário-geral do Partido Socialista não fechou a porta a uma reedição da geringonça, embora tenha enfatizado que a prioridade seja vencer as eleições.

“Não vou negar aquilo que nós já fizemos e de que já participei. Aquilo que digo e insisto que o PS vai fazer uma campanha focada no seu programa eleitoral e numa vitória em 10 de março e depois procurará uma solução governativa que melhor permita cumprir o essencial do programa eleitoral.”

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Originalmente Publicado: 15 de Janeiro de 2024 às 12:05

Fonte: www1.folha.uol.com.br