O comentarista da GloboNews Octávio Guedes ironizou nesta terça-feira uma enquete feita pelo Conselho Federal de Medicina que questionava médicos, independente da especialização, se vacinação em crianças deve ser obrigatória e se os país têm o direito de não optar pela imunização.

A fala foi proferida enquanto Guedes, junto da repórter Júlia Duailibi, questionavam o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, sobre a vacinação de combate dengue no Brasil, que deve começar no próximo mês em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde.

“O Conselho Funerário de Medicina está fazendo uma enquete que devia valer uma excursão pela Terra Plana. Parece aqueles programas de auditório: ‘Dr. Renato Kfouri, o senhor troca a ciência por uma enquete que pergunta se pais devem vacinar seus filhos contra COVID-19’“, afirmou o comentarista da GloboNews.

“O Conselho Federal de Medicina resolve perguntar pra médicos, pra todos os médicos, não está perguntando para os especialistas, se importante ou não vacinar as crianças, se deveria ser introduzida no programa nacional de imunizações, se deve ser obrigatória ou não”, queixou-se o médico.

“Após devidamente esclarecidos pelo médico assistente sobre os benefícios e riscos relacionados aplicação de vacinas contra COVID-19 em crianças com idades entre 6 meses e 4 anos e 11 meses, os pais e responsáveis têm o DIREITO DE NÃO OPTAR pela imunização de suas crianças?”.

Em nota, o CFM afirmou que a intenção da pesquisa saber a percepção da classe sobre a obrigatoriedade da vacina contra COVID-19 em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses e que essa prática enriquece o debate.

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, sociedade científica, repudiou a realização do questionário, afirmou que “Ciência não matéria de opinião” e afirmou que “não se decide se a Terra redonda ou plana, se Marte um planeta ou um holograma, por meio de enquetes de opinião.

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Originalmente Publicado: 16 de Janeiro de 2024 às 19:18

Fonte: www.em.com.br