O Ministério da Saúde tem a previsão de ofertar a vacina contra a dengue primeiramente para uma parcela não definida da população entre 6 a 16 anos, como recomenda a OMS. A estratégia foi aprovada em reunião da CTAI, que aconteceu nesta segunda-feira.
Na recomendação do grupo de assessoramento da OMS, o órgão restringiu a aplicação do imunizante para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, de um a dois anos antes do seu contato endêmico com a doença, ou seja, aquelas de 4 e 5 anos não deveriam ser incluídas como prioritárias na vacinação.
Embora os grupos mais vulneráveis aos casos graves e mortes por dengue sejam crianças pequenas e idosos, segundo a Anvisa, a Qdenga indicada para quem tem mais de quatro anos e para adultos com até 60 anos -não há estudos para avaliar a eficácia e a segurança da vacina fora dessa faixa etária.
Segundo o diretor, o país só irá conseguir vacinar cerca de 3 milhões de pessoas com as doses disponíveis pelo laboratório neste ano.
“Isso não quer dizer que a gente vai oferecer a vacina para todo esse grupo. Tem uma discussão que dentro desse grupo [avalia] qual o grupo que hospitaliza mais, qual o grupo de melhor impacto. Isso pode variar e vamos procurar ficar dentro desse grupo”, disse.
Desde que o registro da vacina Qdenga foi aprovado pela Anvisa em março de 2023, postagens nas redes sociais questionavam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da demora na incorporação do imunizante ao SUS. Atualmente, só possível se vacinar na rede privada, onde o imunizante ofertado por preços que variam de R$ 300 a R$ 800 a dose.
No início do último mês de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou um boletim mostrando um aumento de 15,8% nos casos de dengue no Brasil em 2023, em comparação ao ano anterior.
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Originalmente Publicado: 15 de Janeiro de 2024 às 18:20
Fonte: www1.folha.uol.com.br