Em sintonia com a elevação da moeda norte-americana frente a outras divisas, o dólar registrou alta de mais de 1% ante o real nesta terça-feira, após declarações de autoridades de bancos centrais da Europa e dos EUA reduzirem as expectativas de cortes de juros em março.

No fechamento do dia, o dólar vista foi cotado a R$ 4,9268 na venda, em alta de 1,23%. Esta marca representa o maior avanço percentual desde 2 de janeiro, quando a divisa subiu 1,33%. Em janeiro, a moeda acumula elevação de 1,55%. O movimento dos títulos dos EUA, como vem ocorrendo há meses, ditou o ritmo dos negócios, em meio às especulações sobre quando o Federal Reserve - o banco central norte-americano - iniciará o processo de corte de juros.

Além disso, investidores que permaneceram fora dos negócios na segunda-feira, quando Wall Street esteve fechada por conta do feriado de Martin Luther King Jr., retornaram ativa nesta terça-feira, o que ampliou a liquidez nos mercados.

O diretor do Fed, Christopher Waller, afirmou nesta terça-feira que os EUA estão próximos da meta de inflação de 2%, mas que o banco central norte-americano não deve se apressar em cortar sua taxa básica de juros até que esteja claro que a redução do índice de preços será sustentada.

Em resposta a estas declarações, os rendimentos dos títulos norte-americanos registraram ganhos firmes e o dólar disparou frente a várias divisas, incluindo o real.

Considerando a atual conjuntura, o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, avalia: “Isso pode gerar algum stop na moeda, com o dólar perto dos R$ 5,00, sem mudar a ideia de queda de médio prazo.”

Na tentativa de controlar a situação, o Banco Central brasileiro vendeu pela manhã todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de março.

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Originalmente Publicado: 18 de Janeiro de 2024 às 12:30

Fonte: bmcnews.com.br