Oi, companhia em recuperação judicial, informou na noite de quinta-feira, 18, que, diante do encerramento do mandato de dois anos de seu diretor presidente, Rodrigo Modesto de Abreu, ao fim do mês de janeiro, o executivo e o conselho de administração tomaram a decisão, de comum acordo, de não renovação do mandato para o próximo período.

A empresa destacou em um fato relevante que ao longo de seus dois mandatos como diretor presidente, Rodrigo Abreu liderou a transformação da companhia e seu plano de recuperação até aqui, incluindo a definição estratégica de foco no negócio de fibra ótica, criação da unidade Oi Soluções, venda de diversos ativos, redução significativa dos custos operacionais, discussões com a Anatel para a resolução do tema do reequilíbrio da Concessão de Telefonia Fixa e início das atuais negociações com credores visando a sustentabilidade de longo prazo da companhia.

Segundo a Oi, com o fim de seu mandato como diretor presidente, Rodrigo Abreu permanecerá apoiando a companhia em seu papel de conselheiro de administração e, por solicitação desse colegiado, seguirá participando ativamente das negociações com credores, atualmente em andamento, para a proposta de novo plano de recuperação judicial a ser apresentado até o fim de janeiro e da conclusão das discussões com Anatel, TCU e AGU, em busca de um acordo visando solucionar as pendências da concessão do STFC e sua migração para autorização.

O conselho de administração indicou, para a posição de diretor presidente, Mateus Affonso Bandeira, que atualmente já participa da administração da companhia como membro independente do conselho de administração, onde liderava até então o comitê de gente, nomeações e governança.

“Mateus Bandeira ingressa, assim, no corpo executivo da companhia, com o objetivo de dar continuidade e foco ao processo de transformação ora em curso, incluindo a finalização dos acordos necessários para a submissão do plano de recuperação judicial a ser apresentado em Assembleia Geral de Credores e para que, em momento seguinte, apoie a seleção de um novo CEO para execução e implementação do referido plano no longo prazo”, afirmou a Oi no fato relevante.

A companhia emitiu inicialmente ADSs e as listou na NYSE em janeiro de 2020, em conexão com a aquisição da Avon Products, Inc., cujas ações foram listadas e negociadas na NYSE. A companhia agora considera que manter uma listagem secundária na NYSE não mais atrativo, considerando que as negociações estão concentradas majoritariamente nas ações ordinárias da companhia na B3. A deslistagem da NYSE está em linha com a estratégia de longo prazo da companhia de simplificar suas operações, destacou a companhia.

Caso a oferta seja realizada, a acionista controladora, Gipar S.A., manifestou a intenção de acompanhar o aumento de capital na proporção de sua participação no capital social da companhia de aproximadamente 27,7%. A companhia ressaltou que, em que pese a veiculação de notícias na mídia, “Até o momento não há definição a respeito do efetivo lançamento e dos termos e condições definitivos da potencial oferta”.

Este artigo foi resumido em 72%

Originalmente Publicado: 19 de Janeiro de 2024 às 10:21

Fonte: financenews.com.br