Oito estados e o Distrito Federal iniciaram 2024 com expressivos aumentos nos casos de dengue, de 100% ou mais em comparação ao mesmo período do ano passado, mostra análise da Folha com dados do Ministério da Saúde.
“Geralmente, temos casos em janeiro, mas nunca tantos. Março o pico, e em junho começa a cair. Agora precisamos nos preocupar com a dengue o ano inteiro”, afirma Kleber Luz, coordenador do Comitê de Arboviroses da SBI e integrante do grupo técnico da OMS sobre o tema.
As estimativas divulgadas em dezembro pelo Ministério da Saúde em parceria com o grupo InfoDengue, da Fundação Oswaldo Cruz, são de entre 1,7 milhão e 5 milhões de diagnósticos, com projeção média de 3 milhões.
Em meio explosão de casos nos primeiros dias de 2024, a preocupação do governo federal com a capacidade de estados e municípios implantarem ações de vigilância e controle.
Nela há reuniões com estados e municípios para disseminar ações de controle vetorial e de manejo clínico -treinamento de médicos e enfermeiros.
“A estratificação de risco permite ao município identificar quais são os bolsões de maior transmissão e atuar especificamente nesses locais. Temos estratégias para identificar os locais com maior número de postura de ovos -o que significa que está tendo mais mosquitos e mais casos. E o importante que todas essas medidas estão validadas cientificamente”, explica Cruz.
“A wolbachia aquela metodologia onde nós liberamos no ambiente mosquitos infectados com uma bactéria que impede com que o Aedes transmita o vírus. Isso tinha em alguns municípios em nível de pesquisa e nós incluímos mais seis neste ano.”
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Originalmente Publicado: 19 de Janeiro de 2024 às 08:00
Fonte: www1.folha.uol.com.br