O governo de Javier Milei enviou a deputados nesta sexta-feira uma proposta para mudar a chamada “Lei omnibus”, um megaprojeto de lei com 664 artigos que trata de diversos temas -entre os quais, a privatização de empresas e um item que dá superpoderes ao presidente da Argentina até o fim do mandato, em dezembro de 2027.

o primeiro recuo prático do governo Milei, dez dias depois de o porta-voz, Manuel Adorni, ter dito que “não se negocia” -ou seja, que não aceitaria alterações no conteúdo do projeto.

“Não se negocia, o que não significa que não estejamos abertos ao diálogo, que não aceitamos sugestões e que não nos sentemos para conversar com todos que, bem intencionados, efetivamente apoiam e entendem que a mudança na Argentina necessária e que não pode continuar assim”, disse Adorni em 9 de janeiro na Casa Rosada.

Segundo o jornal “La Nación”, que conversou com deputados que receberam as propostas de mudanças, o governo Milei envitou alterações em 100 artigos.

A Lei Omnibus também tinha um artigo que determinava a privatização da empresa estatal petrolífera YPF. Agora, a YPF saiu da lista de empresas a serem privatizadas.

A única restrição que a verba para o funcionamento do órgão em si não pode ultrapassar 20% do orçamento total.

Agora, ficou acordado que isso será objeto de uma proposta da deputada Maria Eugenia Vidal, que uma aliada do ex-presidente Maurício Macri e já foi governadora da província de Buenos Aires.

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Originalmente Publicado: 20 de Janeiro de 2024 às 01:00

Fonte: g1.globo.com