O site Intercept Brasil revelou, nesta terça-feira, que Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, delatou Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, como um dos mandantes do atentado que matou a vereadora e seu motorista.

No dia 26 de outubro de 2019, em seu último ato frente da Procuradoria Geral da República, Raquel Dodge apresentou uma denúncia ao Superior Tribunal de Justiça que apontava Domingos Brazão, que ex-deputado estadual, como mandante do assassinato de Marielle e Anderson.

Na mesma ocasião da denúncia contra Brazão, Dodge recomendou que o caso fosse federalizado.

O receio da família de Marielle Franco era que milicianos influenciassem o trabalho dos investigadores, atrapalhando o andar da apuração sobre o assassinato da vereadora, o que ofertaria aos criminosos tempo suficiente para a eliminação de provas que os ligassem execução.

época da denúncia de Dodge, o então chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção Pessoa, o delegado Antônio Ricardo Nunes, que era responsável pela investigação da Polícia Civil, não descartou a possibilidade de que Brazão fosse o mandante do crime e que tivesse agido por vingança.

Chiquinho Brazão, que hoje secretário de Ações Comunitárias da Prefeitura do Rio de Janeiro, era vereador quando Marielle Franco foi assassinada.

No documento, a PF mostra que Marielle Franco conseguiu, nas eleições de 2016, votação expressiva nas regiões de Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio, Barra e Camorim, que são áreas dominadas pela milícia e base eleitoral de Chiquinho e Domingos Brazão.

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Originalmente Publicado: 23 de Janeiro de 2024 às 14:31

Fonte: www.brasildefato.com.br