Na primeira reportagem da série especial do Notícias Agrícolas, já vimos que as perspectivas para 23⁄24 apontam menos produção do cereal no país, porém a demanda interna por milho deverá seguir crescendo.
Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal, o setor consumiu 52 milhões de toneladas de milho em 2023 e deverá demandar 55 milhões em 2024, um aumento de 3 milhões de toneladas que representa aumento de 5,45% na necessidade pelo cereal.
Diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal, Luis Rua, estima que o consumo de milho pelos setores de avicultura de corte, avicultura de postura e suinocultura deverá crescer 1 milhão de toneladas com relação ao utilizado em 2023 e chegar em 44 milhões de toneladas em 2024, mas não vê um cenário preocupante até o momento.
“Preocupação há, porque o milho um insumo muito importante, mas vejo que 2023 foi um ano atípico, com safra recorde de milho muito acima dos anos anteriores. Em 2024, pelas projeções atuais, ainda deveremos ter a segunda maior safra de milho da história do Brasil”, comenta Rua.
No ciclo que se encerrara no próximo mês de março, a União Nacional do Etanol de Milho estima um consumo de 14 milhões de toneladas do cereal, e projeta um aumento de 2 milhões de toneladas para a próxima temporada, chegando às 16 milhões de toneladas de milho consumidas no país.
Com projeção de menos milho produzido e mais milho consumido no mercado interno, de onde vai ser tirada essa diferença? Nos cálculos da Conab, além de um aumento de 600 mil toneladas na importação, saindo de 1,5 milhão de tonelada para 2,1 milhões, as exportações devem ver seus números caindo, das 56 milhões de toneladas de 2023 para algo em torno de 35 milhões.
Vai faltar milho no Brasil em 2024? País deverá produzir menos do que no ano passado.
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Originalmente Publicado: 24 de Janeiro de 2024 às 08:00
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br