primeira vista, parece um bairro que se manteve preservado em contraste com o entorno, enquanto áreas com mais acesso a transporte -as vizinhas Penha e Ermelino Matarazzo, por exemplo- teriam desenvolvido mais comércio e indústria.

Antes da iluminação pública, a eletricidade chegou ao bairro de forma clandestina: um morador puxou um “Gato” da fiação que passava na antiga estrada de São Miguel, e depois fez a ligação com os vizinhos.

A urbanista Andréa Tourinho, representante do IAB no Condephaat, diz que foi o avanço das comunicações e do transporte que fizeram com que bairros residenciais atraíssem mais serviços.

Áreas como República e Santa Cecília têm atraído mais investimentos do que o chamado triângulo histórico de São Paulo, na Sé. “Ainda tenho um pouco de duvidas do que pode acontecer nessa área mais central”, diz Tourinho.

Quem passa pelas ruas do Cambuci, na região central, talvez não imagine que ali está um dos bairros de maior concentração de indústrias da cidade.

Mas dentro dessas casas há microindústrias, que trabalham com pequenas máquinas se comparadas aos grandes chãos de fábrica um cenário muito diferente do bairro do Jaguaré, que também um dos maiores distritos industriais da cidade.

Mas hoje uma área cuja transformação deve se intensificar nos próximos anos: o bairro está na área de influência da nova Operação Urbana Tamanduateí, que pretende instalar parques e mais moradia na região.

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Originalmente Publicado: 25 de Janeiro de 2024 às 00:15

Fonte: www1.folha.uol.com.br