Policiais federais fazem buscas na manhã desta quinta-feira em endereços ligados a suspeitos de participar de um esquema na Agência Brasileira de Inteligência para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns.

O crime, segundo as investigações, envolvia o uso de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis sem autorização judicial e sem o conhecimento do próprio monitorado.

A GloboNews apurou que um deles o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem, que comandou a agência no governo Jair Bolsonaro.

Há buscas sendo conduzidas no gabinete de Ramagem e no apartamento funcional da Câmara hoje ocupado por ele.

A operação desta quinta foi chamada de “Vigilância Aproximada” e um desdobramento da operação “Primeira Milha”, iniciada em outubro de 2023 para investigar o suposto uso criminoso da ferramenta “FirstMile”.

O mau uso dessa tecnologia de espionagem, desenvolvida pela empresa israelense Cognyte, foi revelado em março pelo jornal O Globo.

A investigação da PF apontou que o software comprado pelo governo usava dados de GPS para monitorar irregularmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.

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Originalmente Publicado: 25 de Janeiro de 2024 às 07:47

Fonte: g1.globo.com