O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, anunciou na tarde desta sexta-feira, em encontro com fazendeiros na região de Toulouse, no sul, uma série de medidas acolhendo as demandas dos “Agricultores em fúria”, como foram apelidados os produtores que vêm se manifestando contra o governo nos últimos dias.

“Tomamos a decisão de continuar esta mobilização”, disse Arnaud Rousseau ao canal de televisão TF1. “Os anúncios do primeiro-ministro não respondem a todas as perguntas que fizemos. Há muitas demandas às quais ele não respondeu. O que foi dito nesta noite não acalma a raiva, preciso ir mais longe”, afirmou Rousseau.

Os fazendeiros franceses, no entanto, reclamam que o texto favoreceria a agricultura sul-americana e traria prejuízos devido ao risco de concorrência desleal.

Na A13, que liga o noroeste do país a Paris, cerca de 50 agricultores avisaram antes mesmo do pronunciamento do presidente da FNSEA que não tinham se comovido com as medidas anunciadas e continuariam a bloquear a estrada por pelo menos mais esta noite.

Jérôme Canival, que cultiva terras em Surtauville, afirmou ao jornal Le Monde que a ida a Paris não parecia uma boa ideia.

Mais cedo, o ministro da Economia, Bruno Le Maire, afirmou que “a questão central são as receitas dos agricultores”, acrescentando que o governo garantiria preços justos a eles.

Despertou com isso a ira dos produtores agrícolas, que dizem enfrentar dificuldades financeiras e sentir que seus meios de subsistência estão sendo ameaçados.

Este artigo foi resumido em 74%

Originalmente Publicado: 26 de Janeiro de 2024 às 18:37

Fonte: www1.folha.uol.com.br