O ministro Fernando Haddad tem reclamado, em conversas, da forma atabalhoada com que foi anunciado o pacote de medidas voltadas ao setor industrial apresentado na segunda-feira durante evento no Palácio do Planalto.

Em reunião com líderes partidários da Câmara dos Deputados na tarde de terça-feira, o ministro apontou para um painel que registra indicadores econômicos -como bolsa e dólar- para afirmar que sofrem oscilações toda vez que medidas de impacto são anunciadas sem o devido esclarecimento.

Aos líderes Haddad disse ainda que não tinha sido informado até domingo sobre o lançamento do pacote.

A um colega de Esplanada Haddad contou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia lhe telefonado na noite de domingo para obter informações sobre o plano, cujo anúncio estava previsto para o dia seguinte.

Na reunião que antecedeu o lançamento no mesmo dia, Lula reclamou que a proposta não continha pontos concretos e dava margem para as críticas de que se tratava de uma reedição de medidas antigas.

Outro foco de queixa foi a divulgação de um volume de recursos na ordem de R$ 300 bilhões sem reforçar que esse seria um volume de investimentos do BNDES no período de quatro anos, considerando 2023.

Presente reunião com os parlamentares, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, interveio neste momento para acrescentar que, em 2023, o desembolso do BNDES teria sido de mais de R$ 70 bilhões.

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Originalmente Publicado: 26 de Janeiro de 2024 às 18:30

Fonte: www1.folha.uol.com.br