O Magazine Luiza anunciou um aumento de capital privado de R$ 1,25 bilhão, com a família Trajano se comprometendo a colocar até R$ 1 bilhão na companhia, um voto de confiança poderoso em meio às tormentas que têm assolado o varejo.

Na hipótese remota de nenhum minoritário acompanhar a oferta, a participação dos Trajano na companhia subirá de 56% para 58%. A oferta vem num momento em que o mercado tem monitorado o fôlego dos grandes varejistas - acossados pela Selic de dois dígitos, a concorrência chinesa e a sanha arrecadatória do Governo Lula, que decidiu fazer o ajuste fiscal exclusivamente pelo lado da receita.

Luiza Helena Trajano disse ao Brazil Journal que o Magalu já tinha os recursos para honrar a dívida de curto prazo, mas notou que o aumento de capital vai fortalecer a estrutura de capital.

O Magalu terminou o terceiro tri - o último dado disponível - com R$ 8 bilhões em caixa.

Como o quarto tri o mais forte do varejo, o mercado estima que a companhia fechou o ano com um caixa de R$ 10 bi.

Hoje, o consenso de mercado de que o Magalu reduzirá esta métrica de 5,5% para 4% no final deste ano, beneficiada em grande parte pela queda da Selic.

Fred disse que o aumento de capital pode reduzir este número para 3,5%. “Gosto sempre de trabalhar com uma despesa financeira igual a menos da metade da margem EBITDA,” disse o CEO. Analistas estimam que a margem EBITDA recorrente do Magalu esteja hoje entre 6% e 7%. O aumento de capital com o suporte da família deve reduzir o ruído na ação do Magalu.

Este artigo foi resumido em 52%

Originalmente Publicado: 28 de Janeiro de 2024 às 19:57

Fonte: braziljournal.com