Um drone atacou o MV Genco Picardy em janeiro, enquanto o navio trafegava do Mar Vermelho para o Golfo de Áden - Foto: UPI/Alamy Live News via BBC. Estima-se que 12% do comércio global passe pelo Mar Vermelho todos os anos.
Centenas de gigantes porta-contêineres, alguns com mais de 300 metros de comprimento, agora preferem usar um desvio mais longo, contornando o continente africano, em vez de se dirigirem ao Mar Vermelho e dali para o Canal de Suez, nas suas viagens da Ásia para a Europa.
Rota alternativa de transporte evitando o Mar Vermelho - Foto: BBC. As linhas de transporte de contêineres enfrentam dificuldades para alugar navios em quantidade suficiente para as viagens mais longas que passaram a ser necessárias para evitar o Mar Vermelho.
Nagurney e seus colegas estudaram a extraordinária reação a esse problema, que fez com que a Ucrânia movimentasse milhões de toneladas de grãos por corredores alternativos, subindo o rio Danúbio ou por terra até os portos marítimos da Romênia, que atualmente são mais seguros para os navios do que os portos ucranianos.
Mas o professor de gestão de cadeias de fornecimento Eddie Anderson, do Imperial College de Londres, indica que o custo do embarque de contêineres provavelmente não irá atingir os níveis extraordinários do pico da pandemia de covid-19.
Além disso, navios que percorrem milhares de quilômetros a mais do que o programado consomem muito mais combustível e emitem muito mais carbono para a atmosfera para transportar a mesma carga.
Mas, “Se isso continuar, a navegação não conseguirá atingir a redução de emissões neste ano”, segundo o economista de transporte Rico Luman, da empresa de serviços bancários e financeiros ING. Ele indica que os petroleiros estão cobrindo distâncias significativamente maiores do que antes da guerra na Ucrânia, já que as sanções impostas Rússia causaram a reformulação de muitos trajetos marítimos.
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Originalmente Publicado: 28 de Janeiro de 2024 às 14:00
Fonte: g1.globo.com