Segundo cálculos do especialista em contas públicas Raul Velloso, em pouco mais de 30 anos só a despesa previdenciária da União saltou de 19,2% do total do gasto para 51,8%. Na contramão, o que o governo federal tinha para usar livremente desabou de 33,7% do total que gastava para 3,1%. Quem mais sofreu foram os investimentos, que caíram de 16% para 2,2%. No período, houve aumento também em despesas com saúde, educação e assistência social -comprimindo mais os investimentos.

Dados do governo federal mostram que, dos 2.146 municípios e estados que dispõem de regimes próprios de Previdência para seus servidores, somente 732, ou 34,1%, adotaram ao menos 80% das regras para os benefícios fixados na reforma da Previdência.

Entre os dois terços que não o fizeram, constam administrações como as do Distrito Federal, de Pernambuco, do Amazonas, do Maranhão, do Rio de Janeiro capital, de Belo Horizonte e de Florianópolis.

No Rio Grande do Sul, segundo Rolim, há 10 aposentados para cada 7 ativos -e a folha de pagamento de inativos 50% maior do que a dos que ainda trabalham.

“Muitos já ‘quebraram’ outras vezes e sabem que, se forem mal, a União acaba ajudando no final.” Santos diz, no entanto, que faltam instrumentos mais efetivos para fiscalizar e sanear os estados.

Há outros “Maduros” que não fizeram ajustes, como Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Por fim, haveria os estados “Maduríssimos”, que já tiveram que “Cortar na carne horrivelmente na década de 2010”, como o Rio Grande do Sul.

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Originalmente Publicado: 29 de Janeiro de 2024 às 00:15

Fonte: www1.folha.uol.com.br