Haizam Amirah-Fernández, especialista em Oriente Médio do Elcano Royal Institute, um think tank baseado na Espanha, disse BBC Mundo que “As alianças do Irã com o seu ‘eixo de resistência’ são das mais estáveis e duradouras da região”.

Em artigo publicado em 2020 pela BBC, Kayvan Hosseini, jornalista do serviço da BBC em persa, afirmou que todos estes grupos recebem “Apoio logístico, econômico e ideológico” do Irã. Michael Kugelman, diretor de Sul da Ásia no Wilson Center, diz que não se pode ignorar o papel do sectarismo religioso devido “Proximidade do Irã com os grupos xiitas e dos sauditas com os sunitas”.

Mas, ao mesmo tempo, ele destaca que as rivalidades têm muito mais a ver com uma briga por poder do que com diferenças religiosas.

Durante cerca de 40 anos, a Arábia Saudita e o Irã mantiveram uma rivalidade aberta que alguns especialistas chegaram a descrever como “a nova Guerra Fria no Oriente Médio”.

Crédito, EPA. Khatib e Amirah-Fernández concordam que o Catar faz parte do lado do bloco liderado pelos sauditas, embora também destaquem o seu papel mediador que o torna um caso peculiar nos equilíbrios de poder regionais.

O Catar um país muito rico, mas pequeno, o que o coloca em uma situação vulnerável que o leva - como apontou o cientista político Mehran Kamrava no seu livro Qatar: Small State, Big Politics - a procurar alianças múltiplas e variadas como forma de preservar a sua segurança e “Melhorar a sua estatura e posição diplomática”.

claro, reitera Khatib, que o Catar ainda quer “Se estabelecer como um país mais mediador e conciliador dentro da sua estratégia geopolítica”.

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Originalmente Publicado: 29 de Janeiro de 2024 às 13:22

Fonte: www.bbc.com