O estudo, publicado na Nature Medicine nesta segunda-feira, examinou um pequeno grupo de pessoas que estava entre pelo menos 1.848 pacientes tratados entre 1959 e 1985 com um hormônio do crescimento extraído de cadáveres.
O estudo examinou oito pessoas que receberam o hormônio quando crianças, mas não desenvolveram CJD. Os cientistas descobriram que cinco desses pacientes apresentaram sintomas condizentes com o Alzheimer de início precoce.
Os pesquisadores enfatizaram que não encontraram evidências de que o Alzheimer seja transmissível na vida diária ou nos cuidados médicos comuns.
Essas proteínas, que se juntam e formam placas prejudiciais às células cerebrais, são cada vez mais consideradas como uma das principais causas do Alzheimer.
O tamanho da amostra da pesquisa foi pequeno, mas os cientistas disseram que seu esboço de um novo mecanismo para o início do Alzheimer informaria a busca pelo desenvolvimento de diagnósticos e tratamentos para a doença.
Os pesquisadores por trás do artigo disseram que seria importante revisar as salvaguardas médicas para garantir que não houvesse risco de contaminação acidental de pacientes com proteínas beta-amiloide por meio de procedimentos anteriormente implicados na transmissão do CJD. O tratamento com hormônio do crescimento humano foi proibido depois de ter sido relacionado ao CJD, sendo agora utilizados substitutos sintéticos.
“Não há evidências que sugiram que possa ser transmitido por qualquer outra via, como atividades do dia a dia ou procedimentos médicos de rotina”, disse Susan Kohlhaas, diretora executiva de pesquisa e parcerias da instituição de caridade Alzheimer’s Research UK. “Mas este estudo revelou mais sobre como os fragmentos de amiloide podem se espalhar dentro do cérebro, fornecendo mais pistas sobre como a doença de Alzheimer progride e potenciais novos alvos para os tratamentos do futuro”, acrescentou.
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Originalmente Publicado: 29 de Janeiro de 2024 às 21:07
Fonte: www1.folha.uol.com.br