Para o BC, a decisão desta quarta-feira considerou que o processo de desinflação continuou a evoluir no país, que a atividade econômica brasileira segue consistente com o cenário de desaceleração antecipado pelo Copom e que o ambiente externo continua a “Exigir cautela por parte dos países emergentes”.

De acordo com especialistas ouvidos pelo g1, o quadro macroeconômico brasileiro dá sinais de melhora, mas “Situações de risco” ainda impedem que o Copom acelere o ritmo de cortes da Selic.

Segundo o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, falta um plano para o corte de gastos apesar de o governo federal ter buscado formas de aumentar a arrecadação, mirando o déficit zero - ou seja, que o governo consiga gastar o mesmo montante que arrecadar ao longo do ano.

Apesar de fechar 2023 dentro da meta, a inflação ainda passa por uma dinâmica que preocupa o BC. No curto prazo, por exemplo, os especialistas sinalizam que há riscos de aumento de preços no setor de serviços, que costumam ser reajustados ao menos pela inflação dos últimos 12 meses - a chamada inércia inflacionária.

De acordo com o estrategista-chefe da Guide Investimentos, Alex Lima, a principal mensagem do BC norte-americano foi a sinalização de que o Fomc não deve começar a cortar os juros dos EUA até que a inflação do país esteja no nível de 2%, que a meta da instituição.

Além de manter a sinalização de que novos cortes de 0,5 ponto percentual devem ser o padrão para as próximas reuniões, o Copom também indicou no comunicado que deve continuar atento ao ambiente externo, e ao quadro fiscal e inflacionário no Brasil.

Por fim, o Copom ainda destacou que a magnitude total do ciclo de flexibilização de juros ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, das expectativas e projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

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Originalmente Publicado: 1 de Fevereiro de 2024 às 01:00

Fonte: g1.globo.com