Com uma ordem executiva, o presidente Joe Biden lançou uma punição inédita a quatro colonos israelenses que vêm incitando a violência contra palestinos na Cisjordânia.
O governo americano cogitou incluir os ministros radicais que integram a coalizão que sustenta Netanyahu: Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, e Bezalel Smotrich, das Finanças, estão diretamente ligados aos colonos e corroboram ações e confrontos que fizeram de 2023 o ano mais violento no território ocupado.
Preferiu punir os colonos que realizaram ataques e se envolveram em motins, incêndios, intimidações e agressões a agricultores palestinos e ativistas israelenses, além da expulsão violenta de famílias.
Eles tiveram os bens e ativos congelados nos EUA e não poderão participar de transações que envolvam o sistema financeiro americano.
Há outro motivador crucial nas medidas de Biden contra os colonos israelenses, e, por consequência, contra o governo Netanyahu.
Não foi toa que a Casa Branca anunciou as sanções aos colonos pouco antes da visita do presidente a Michigan, um dos estados indecisos na disputa eleitoral deste ano e que abriga a mais significativa comunidade de árabes-americanos do país, com 200 mil eleitores.
Nas eleições de 2020, Biden obteve grande apoio em redutos muçulmanos de Michigan, mas vem perdendo popularidade entre a comunidade após o apoio a Israel na guerra contra o Hamas em Gaza, que já dura quatro meses.
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Originalmente Publicado: 2 de Fevereiro de 2024 às 06:03
Fonte: g1.globo.com