A IPSE, uma organização católica ultraconservadora que promove o “Respeito pelos símbolos cristãos” e se opõe ao aborto, fez duras críticas imagem e exigiu um pedido público de desculpas do artista, dizendo que sua obra não estava de acordo com o espírito da Semana Santa.
Do outro lado do espectro político, Juan Espadas, líder do Partido Socialista da Espanha na região sul da Andaluzia, se pronunciou em defesa da obra, denunciando as “Expressões de homofobia e ódio” que ela provocou e afirmando que ela combinava “Tradição e modernidade” da região.
“No Conselho Municipal de Sevilha, a IU-Podemos, uma coalizão de esquerda, tentou dar apoio oficial ao pôster e ao artista. Isso pode ser algo considerado estranho visto que os grupos de esquerda normalmente não se envolvem em questões relacionadas Semana Santa. O fato que esse apoio foi interrompido porque o Vox o impediu.”
De acordo com a agência de notícias AFP, Conselho de Irmandades e Confrarias, responsável pelos principais eventos da Semana Santa na cidade localizada ao sul da Espanha, também demonstrou apoio, afirmando que o pôster mostra “o lado radiante da Semana Santa” no “Estilo mais puro desse prestigiado pintor”.
Ao jornal de direita ABC, Salustiano Garcia descreveu que a obra foi criada com “Profundo respeito” e afirmou que sua representação de Cristo foi baseada em uma imagem de seu filho de forma “Suave, elegante e bonita”.
Ele afirmou que para enxergar sexualidade em sua imagem de Cristo, preciso estar louco”, insistindo que não havia nada em sua pintura que “não tenha sido representado em obras de arte datadas de centenas de anos atrás”.
Em artigo no site My Conversation, Chris Greenough, professor de Ciências Sociais da Edge Hill University, diz que “Embora o uso de personagens religiosos como Eva e Moisés muitas vezes passe despercebido, os anúncios que usam a imagem de Jesus frequentemente causam protestos”.
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Originalmente Publicado: 3 de Fevereiro de 2024 às 09:55
Fonte: g1.globo.com