“Esse desgraça aconteceu conosco, mas a verdade que o país está melhor do que nunca”, diz José, “e toda a minha família vai votar em Bukele”.
Bukele convenceu os salvadorenhos de que necessário um estado de exceção - Foto: Getty Images via BBC. “Vou votar no Bukele porque agora, quando você sai, você se sente livre, tranquila”, acrescenta Wendy, companheira de Fredy, sobre a paz recuperada após anos de controle, violência e extorsão por parte das gangues.
“E quem criminoso tem que pagar por ser criminoso. O que não achamos correto que os promotores, talvez para cair nas boas graças do presidente, façam uma armação como dizer que jovens que não são de gangue são de gangue, como meu filho”, diz José.
A “Guerra às gangues” fez de El Salvador um país muito mais seguro, segundo moradores, mas também um dos que possui maior índice de população encarcerada.
Outra hipótese que consideram que uma vizinha com quem Wendy teve problemas tenha aproveitado a oportunidade para apresentar uma denúncia anônima e falsa, segundo eles, de que Fredy membro de uma gangue - uma história que se repetiu no regime de exceção.
A influência das gangues foi reduzida ao mínimo em inúmeras comunidades e bairros, mas Cardoza acredita que o “Fanatismo cego” em Bukele nas famílias diretamente afetadas pelo regime tem na sua base um forte componente religioso.
“Fui a uma casa humilde, onde um homem inocente havia sido levado injustamente e quando entrei vi o calendário do presidente. ‘Por que você tem isso?’, perguntei para a mãe. ‘Olha, filha’, me disse a mãe, ‘Deus coloca e tira reis. Meu filho não membro de gangue e temos que confiar em Deus, Ele determinará quando será solto’.”
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Originalmente Publicado: 3 de Fevereiro de 2024 às 13:16
Fonte: g1.globo.com