Mais de 6 milhões de salvadorenhos devem ir às urnas neste domingo para participar das eleições presidenciais e legislativas que vão definir se o modelo autoritário adotado pelo atual presidente e candidato reeleição, Nayib Bukele, seguirá por mais quatro anos ou se o Executivo será renovado.

A enorme vantagem apresentada por Bukele na pesquisa uma mostra em números da troca de hegemonia política que ocorreu em El Salvador nos últimos anos, uma vez que a presidência do país esteve nas mãos da Arena por mandatos consecutivos entre 1994 e 2009, e da FMLN entre 2009 e 2019, quando assumiu o atual presidente.

o que disse ao Brasil de Fato a deputada da FMLN Anabel Belloso, que vem percorrendo o país em busca de votos para a reeleição e afirma não acreditar que as pesquisas reflitam o que os eleitores pensam na realidade.

Esse contexto parlamentar um exemplo do processo ampliado de deterioração institucional pelo qual El Salvador vem passando desde que o atual presidente chegou ao poder.

Para isso, o mandatário que já se classificou como um “Ditador cool” fez uso de medidas autoritárias, chegando a autorizar a invasão do Congresso pelas Forças Armadas em 2020 e a remoção de juízes da Suprema Corte em 2021.

“Então há um marco democrático que foi sendo reduzido pouco a pouco, enquanto o poder foi se concentrando neste personagem [Bukele], apoiado pelos setores mais ricos de El Salvador, um clã empresarial vinculado com a oligarquia tradicional que, além disso, tem respaldo do imperialismo norte-americano”, disse.

A militante ainda afirma que os movimentos estão construindo uma campanha “Muito forte para as eleições para que representantes de outros países possam ver a série de violações de direitos humanos, desaparições feitas pelos militares e pela polícia, tortura nas prisões, perseguição política etc que se está cometendo”.

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Originalmente Publicado: 4 de Fevereiro de 2024 às 10:13

Fonte: www.brasildefato.com.br