Os moradores da cidade acompanharam a evolução da coruja, desde o momento da fuga de sua gaiola, em que ainda estava aprendendo a lidar com a liberdade, até Flaco desenvolver plenamente suas habilidades de voo, caça e sobrevivência.

Segundo a colunista do New York Times Michiko Kakutani, fácil os nova-iorquinos se enxergarem em uma pequena coruja rechonchuda que abandonou seu apartamento de um cômodo em troca da vastidão da natureza”, e que aqueles confinados em apartamentos pequenos durante a pandemia de Covid-19 se identificariam com a história de Flaco.

“As pessoas que chegam a Nova York precisam aprender novas habilidades rapidamente se quiserem sobreviver e devem se adaptar a um ambiente diferente daquele de onde vieram. No sucesso de Flaco, eles veem o deles próprios - ou inspiração para continuar trabalhando em direção aos seus objetivos”, diz David Barrett.

“Ele o azarão desde o início. As pessoas não esperavam que ele sobrevivesse. Os nova-iorquinos criaram um laço com ele por causa de sua resiliência.”, comenta Jacqueline Emery, uma das várias observadoras de aves que compartilha nas redes sociais os movimentos diários de Flaco com os admiradores do animal.

Em e-mails internos obtidos pela Associated Press por meio de um pedido de Acesso Informação, oficiais do zoológico pediram ao Departamento de Parques para que não dissessem publicamente que Flaco foi “Criado em cativeiro”.

Um porta-voz da Wildlife Conservation Society, que opera o Zoológico do Central Park desde 1988, não respondeu às alegações de que o habitat de Flaco no zoológico seria inadequado.

“Este foi um ato criminoso que colocou em risco a segurança da ave”, afirmou o zoológico em comunicado, acrescentando que continuam monitorando relatos sobre a atividade e bem-estar de Flaco e estão “Preparados para retomar os esforços de recuperação se ele apresentar algum sinal de dificuldade ou estresse”.

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Originalmente Publicado: 4 de Fevereiro de 2024 às 07:00

Fonte: g1.globo.com