Parece que a era das letras de crédito com liquidez diária está com os dias contados.

O assessor de investimentos e fundador da Casa do Investidor, Michael Viriato, afirma que “o efeito da decisão do CMN não instantâneo. Devemos ver essas mudanças se concretizando ao longo do semestre e, até o fim do ano, isso deve transparecer de forma mais consistente nas emissões”.

As letras de crédito são ferramentas utilizadas por bancos para captar recursos destinados ao financiamento de dois setores - o agronegócio e o imobiliário.

Graças ao incentivo fiscal que esses setores possuem, as letras de crédito se tornaram uma opção mais barata para os emissores.

Guilherme Sharovsky, estruturador de investimentos na Bloxs Capital Partners, justifica que “LCA e LCI são produtos interessantes para captação de recursos no financiamento de mercados pujantes como o agronegócio e o imobiliário. A demanda grande para esses financiamentos”.

Sharovsky explica que “a percepção de risco menor quando se tem liquidez diária em um título mais curto. Quanto mais longa a emissão, maior o impacto a taxa de juros vai ter no preço do produto”.

Devido nova tributação, os alocadores estão buscando outros ativos com capacidade de isenção de IR. Com a oferta desses títulos sendo reduzida num momento que a demanda está crescendo, os investidores precisam se adaptar a essa nova realidade.

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Originalmente Publicado: 4 de Fevereiro de 2024 às 18:30

Fonte: bmcnews.com.br