O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que a equipe econômica trabalha em novas medidas para atingir o déficit fiscal zero em 2024, que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias - mas acrescentou que a “Política precisa ajudar”.

“Todo esforço que estamos fazendo para os três poderes se entenderem. Se isso continuar acontecendo, eu sou muito otimista com a economia brasileira. Mas a política precisa ajudar, precisa continuar aberta para se debruçar sobre os dados, reconhecer a legitimidade desses dados, pedir ajuda externa quando for o caso”, disse o ministro, em conferência do BTG Pactual.

O governo também tenta correr contra o tempo para aprovar, ainda em 2024, medidas que regulamentam a reforma tributária aprovada em 2023 e os primeiros passos de uma reforma sobre a tributação da renda.

“O resultado primário depende de vários fatores, como por exemplo apreciação das medidas que o governo manda ao Congresso. Então o resultado primário depende do Congresso Nacional. A meta pode estar fixada em lei, mas o nosso papel ir apresentando ao Congresso, com uma certa gradualidade”, disse o ministro, em conferência do BTG Pactual.

No evento, Haddad afirmou que o governo federal está trabalhando 24 horas por dia em medidas para ir sanando os problemas, para “Arrumar a casa” e “Ir fechando o ralo”.

“Temos um marco fiscal que pode haver um contingenciamento, margem de 0,5% do PIB, mas não queremos nem usar nada disso. Queremos ir atras do resultado necessário para cumprir a meta, sem contingenciar. Mas essas medidas precisam receber apoio do Congresso e da sociedade”, afirmou o ministro da Fazenda.

Analistas avaliam que por trás de uma eventual mudança na meta fiscal, para prever déficit público neste ano, discussão que pode retornar nos próximos meses, ajudaria o governo a minimizar os cortes de gastos para cumprir o prometido.

Este artigo foi resumido em 51%

Originalmente Publicado: 6 de Fevereiro de 2024 às 11:49

Fonte: g1.globo.com