O presidente da Argentina, Javier Milei, havia definido a iniciativa como “Um projeto de lei que pode muito bem determinar o destino do nosso país”.
No entanto, o ministro do Interior, Guillermo Francos, destacou esta quarta-feira que o governo não resolveu se vai reapresentar o projeto, que incluía dar poderes extraordinários ao presidente para legislar sem ter que passar pelo Congresso, abria a possibilidade de privatizar diversas empresas estatais, limitava o direito de protesto e dava maiores poderes às forças de segurança, entre os pontos que geraram mais resistência.
A rejeição da emblemática lei de Milei expôs uma realidade que complicará qualquer plano do governo de voltar briga no Congresso.
Dado que o principal capital político de Milei a sua vitória em novembro passado, com quase 56% dos votos, muitos na Argentina especulam que o presidente poderia tentar governar através da realização de consultas populares.
Após o fracasso da “Lei omnibus” no Congresso, o porta-voz presidencial Manuel Adorni garantiu que Milei “Tomou a decisão” de avançar com as medidas incluídas no projeto derrubado, e que “Vai fazer isso com as ferramentas que a Constituição permite”.
Um dos plebiscitos mais lembrados da história argentina foi o realizado pelo então presidente Raúl Alfonsín, em 1984, que foi fundamental para a aprovação do Tratado de Paz com o Chile, que pôs fim ao Conflito de Beagle.
A maioria dos especialistas atribui isto ao fortíssimo ajustamento econômico imposto pelo presidente logo que assumiu o cargo, que incluiu uma desvalorização do peso, que perdeu metade do seu valor diante do dólar, e que causou enorme consternação numa população que já sofre de uma das inflações mais altas do mundo.
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Originalmente Publicado: 7 de Fevereiro de 2024 às 19:03
Fonte: www.bbc.com