As eleições, que definirão o novo líder do grande aliado dos Estados Unidos no sudeste asiático, foram marcadas por denúncias de manipulação e pela violência - 35 pessoas morreram desde terça-feira em episódios relacionados com o pleito.

“Pouco depois da abertura dos locais de votação, que já fecharam, o Ministério do Interior anunciou que os serviços de internet móvel foram suspensos ‘temporariamente” em todo país por motivos de segurança.

O diretor da Netblocks, organização que monitora a internet, Alp Toker, afirmou agência de notícias AFP que “o atual bloqueio da internet está entre os mais rigorosos e extensos que já observamos em qualquer país”.

A região conturbada foi cenário na quarta-feira de dois atentados nas imediações de comitês de campanha de candidatos, ataques que deixaram 28 mortos e foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

“Meu único medo saber se minha cédula será contada de fato para o partido em que votei”, declarou AFP Syed Tasawar, operário do setor de construção de 39 anos, ao sair de um centro de votação em Islamabad. A campanha foi relativamente discreta, uma evidência do desencanto dos paquistaneses com a política.

Imran Khan, que recebeu o apoio do Exército quando foi eleito em 2018, desafiou a instituição diretamente, ao acusar os militares de terem orquestrado sua destituição do cargo de primeiro-ministro em abril de 2022.

A maioria absoluta parece um resultado muito difícil de alcançar para a PML-N, que provavelmente terá de formar uma coalizão, talvez com o Partido Popular do Paquistão, legenda herdada por Bilawal Bhutto Zardari, filho da ex-primeira-ministra assassinada Benazir Bhutto e do ex-presidente Asif Ali Zardari.

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Originalmente Publicado: 8 de Fevereiro de 2024 às 12:30

Fonte: g1.globo.com